segunda-feira, 11 de maio de 2009


COOPERAÇÃO: natureza social do homem realizada às margens do sistema capitalista

Organizemos nossa sociedade de modo a garantir a todos a possibilidade de um trabalho regular que beneficie a comunidade, o que naturalmente implicará numa transformação radical nas atuais relações entre o capital e o trabalho.
Peter Kropotkin (nas prisões russas e francesas 1887) grifos nossos

1 – Comentário
A “naturalização” da sociedade e da ciência social pelo método positivista busca tratar dos fenômenos sociais como naturais, objetivos, separados e diferenciados da subjetividade. O conhecimento, nesta perspectiva, deve ter uma validade junto à certeza sensível, o que significa que a observação é a condição primeira de toda a especulação científica
[1]. A inspiração racionalista fornece os subsídios para a afirmação de que só existe ciência quando se conhecem os fenômenos por suas relações constantes. Empirismo e Racionalismo como fontes do método positivo.
A subjetividade, neste caso, entendida como uma “coleção” de sensos comuns passa a ser um obstáculo à objetividade do saber em bases científicas. A prevalência da realidade social sobre os indivíduos, objetiva integrar as diversidades existentes; exercer a manutenção de uma coexistência pacífica dos indivíduos, de suas esferas coletivas, de suas dinâmicas particulares. O próprio Durkheim admitiu que suas proposições metodológicas eram conservadoras
[2], uma vez que para ele a busca da objetividade eliminava a possibilidade de crítica a esta mesma realidade social o que significava, no máximo, apreender suas particularidades como dados, como “coisa”. Exigia, portanto, do sujeito uma atitude neutra (Queiroz, 2004).
Entretanto, se buscamos ir além destas concepções, partimos do homem enquanto ser ativo, e que, não traz dentro de si, de forma inata, sua dimensão social. Ou seja, entendemos que esta dimensão não é natural ou biológica. É construída continuamente por meio de relações que os próprios homens estabelecem entre si. É, portanto, do conjunto dessas relações, que encontramos a essência do ser humano, que, obviamente está longe de ser algo imutável, por que é histórica
[3].
A massa de trabalhadores – após as constantes transformações na esfera produtiva, efeitos de um contexto de crise econômica – tem buscado nas organizações de trabalho em bases cooperativas, associativas, autogestionárias, etc., uma forma alternativa de sobrevivência. Estas organizações aparentam ser uma manifestação inovadora, e, ao mesmo tempo, “natural” no interior da atual sociedade burguesa, entretanto, necessitam de um exame – para além da “naturalização” destas experiências – à altura dos agentes que, devido às suas atuais condições de existência, tem criado este “universo diverso” de experiências laborativas e de contestação às políticas neoliberais.
O objetivo deste artigo é buscar aspectos sociológicos relevantes que se relacionam com a temática sobre as organizações cooperativas. Como primeira aproximação, este trabalho constitui uma tentativa de síntese das múltiplas reflexões sobre as principais referências teóricas sobre esta temática e, no limite, ampliar esta reflexão por meio da análise da manifestação destas organizações no contexto brasileiro contemporâneo.
Sem cooperação não há desenvolvimento, diz investidor social peruano
1º/11/2007 - O peruano Flavio Flores, coordenador de investimento social da Asociación Los Andes de Cajamarca, diz acreditar que não há desenvolvimento sem a cooperação entre o investidor social e a sociedade civil. No entanto, segundo ele, ainda falta confiança entre os dois setores e um vocabulário em comum. Um dos pontos-chave para ele é o fortalecimento das capacidades empreendedoras das organizações da sociedade civil.

Alunos: Jeann, Priscila, Rosa.


nº: 19, 25, 27.




Nenhum comentário:

Postar um comentário